CRISTÃO ANABATISTAS

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sexta-feira, 23 de março de 2012

SABADO, O DIA DO SENHOR NÃO MUDOU!







Como fica a questão da guarda do Sábado para os cristãos?
 Por: Cristãos Anabatistas.


 Seguindo o projeto dos Cristãos Anabatistas de terem seus textos desprovidos de termos acadêmicos; linguagem culta ou textos que se alongam, pois, a Palavra de Deus é simples na construção, porém, contundente na atuação, trataremos da questão da guarda do Sábado pelos cristãos.

Um cristão deve guardar o sábado?
Jesus aboliu o sábado?
Ainda vigora a lei sabática?
O Domingo substitui o sábado na questão da adoração?

Origem da guarda do sábado no Antigo Testamento
Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera. Gn 2: 2, 3
Lembra-te do dia do sábado, para santificá-lo  Ex 20: 8.
Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, sábado de descanso solene ao Senhor; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho será morto. Êx 35:2
Então disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto hoje é o sábado do Senhor; hoje não o achareis no campo (achar o alimento!). Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele não haverá. Mas aconteceu ao sétimo dia que saíram alguns do povo para o colher, e não o acharam. Então disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Vede, visto que o Senhor vos deu o sábado, por isso ele no sexto dia vos dá pão para dois dias; fique cada um no seu lugar, não saia ninguém do seu lugar no sétimo dia. Assim repousou o povo no sétimo dia. Ex 16: 25...30
   
    Yahweh, após ter criado o mundo em 6 dias, no 7 dia deu por completado sua obra, descansando e santificando o sábado. Descansar, aqui, significa não houve o trabalho da criação, pois tudo se auto-executava na natureza. Yahweh não para de trabalhar, como Jesus mesmo disse em Mt 5: 17Meu Pai trabalha até agora, e Eu também.
    Yahweh santificou o dia do sábado e o deu por estatuto perpétuo ao povo de Israel. Essa foi a ordem proferida por Yahweh e, se a Bíblia não contiver outra ordem que desfaça a lei sabática, a santificação e a guarda do sábado deve permanecer até os dias atuais.

A NOVA ALIANÇA E A LEI
   Como visto, a guarda do sábado é uma lei proferida por Yahweh e somente poderá ser desfeita se Ele enviar outra ordem que desfaça a primeira.
   Vivemos o período da graça que substituiu a lei, logo, teremos que analisar os textos do Novo Testamento para validar ou não a lei do sábado. Apesar de não vivermos pela lei moisaca, não significa que tudo o que a lei ordenava nós podemos descumprir. Se a lei ordena adorar a Deus, a graça nos faz adorar a Deus, bem como não roubar, não matar, honrar nossos pais, etc. O que mudou então?
   A resposta é: o Amor e a Fé.
   Na antiga aliança, os israelitas cumpriam as exigências da lei por obrigação e tradição. Isto é comprovado quando vemos as sentenças de morte aos Israelitas que descumpriam a lei.
   Membros da própria família executavam seus parentes sem nenhum tipo de remorso, pois a lei os mandava.
   Já na Nova Aliança, não estamos mais subordinados a lei, pois o amor é maior que a lei e o amor não deseja o mal, mas espera com paciência para perdoar. É como diz certo ditado popular: “Quem ama não mata”. Haverá justiça sim para os ímpios, mas esta, será feita por Yahweh - Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor. Rm 12: 17.

A NOVA ALIANÇA E O SÁBADO
   Por não estarmos sujeitos a lei não precisamos guardar o sábado?
  Devemos observar que, todas as ordenanças dadas por Yahweh para nós tem preceitos divinos. O Tabernáculo foi dado segundo medida vista no tabernáculo celestial - Temos um sumo sacerdote tal, que se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. Hb 8: 1, 2 ... os quais servem àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado, quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faze conforme o modelo que no monte se te mostrou. Hb 8: 5.

    Jesus não aboliu a santificação do sábado pelos cristãos, mas sim, mostrou-nos que Ele era senhor até do sábado, ou seja, se praticarmos alguma obra no sábado para honrar o nome de Jesus ou trabalhar em sua obra, estaremos justificados. A maioria dos milagres registrados nos Evangelhos foram realizados no sábado judaico, para mostrar aos Israelitas e a nós que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei. Isto significa que a lei é feita para os transgressores, pois os justos obedecem à lei naturalmente, e é isto que Yahweh se referia quando disse: Ora, este é o pacto que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor; porei as minhas leis no seu entendimento, e em seu coração as escreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo; Hb 8: 10. E também Paulo se referiu a isto quando escreveu:  ... porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei. pois mostram a obra da lei escrita em seus corações... Rm 2: 14.

      O sábado que vinha de um decreto legal, agora entra em nossas vidas por uma aceitação moral proveniente do amor a Deus. Amamos a Deus por isso guardamos seus mandamentos. Vivemos uma vida totalmente entregue a Cristo, logo, somos justificados da guarda legal do sábado, mas o guardamos espiritualmente, reverenciando-o como dia santificado a Yahweh.
    Se trabalhamos no sábado, trabalhemos para honrar a Cristo, se descançamos no sábado, descansamos para honrar a Cristo e assim seremos justificados pela fé que há em Cristo Jesus.
    Todos os mandamentos de Yahweh não foram substituídos, mas foram dados novas perspectivas de interpretação ou seja, é como se víssemos os mandamentos, mas nossos olhos estavam desfocados. Então o amor entra como uma lente que nos faz ver perfeitamente a lei de Deus.
   Jesus não aboliu os mandamentos de Deus, mas introduziu um novo mandamento que é o amor – O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Jo 15: 12
Não que este (amor ao próximo) fosse um novo mandamento, mas uma nova forma de ver a lei – Amados não vos escrevo um  mandamento novo, mas um mandamento antigo, que tendes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. Contudo é um novo mandamento que vos escrevo, o qual é verdadeiro nele e em vós; porque as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz. Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. I Jo 2: 7...10

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. Mt 22: 38...40

     O cristão está livre do julgo legalista do sábado, mas o guarda espiritualmente. Quer trabalhando, quer descançando, em tudo Jesus seja glorificado. Não somos julgados pelos sábados, mas seremos julgados pela falta de amor, misericórdia e perdão. Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados  Cl 2: 16.
Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo. Tg 2: 13

AS RAÍZES DA MUDANÇA DO DIA DE ADORAÇÃO, DO SÁBADO PARA O DOMINGO.

Porque foi instituído o Domingo como sendo o dia em que os cristãos adoram Yahweh?
Foi lícito esta mudança?

   Como vimos o Sábado continua sendo o “Dia do Senhor”, mas a adoração legalista passou para a adoração espiritual por meio de Jesus. Não é correto dizer que o dia de adoração ao Senhor seja o Domingo, e essa mudança surgiu com a união entre Igreja-Estado, que culminou com a origem da Igreja Católica Apostólica Romana. Quem ordenou essa mudança, do dia de adoração, foi o Imperador Constantino. Em 07 de março de 321 d. C. foi expedido um decreto imperial que dizia o seguinte: “Devem os magistrados e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas oficinas fechadas no venerável dia do Sol...(Domingo)”.

O DIA DO SOL
    Constantino, que era pagão, disse ter tido uma visão em que estava escrito: “Com este símbolo vencerás”. A visão era uma cruz que aparecia nas nuvens. Mas como Constantino era um imperador romano e, todos os imperadores adoravam o “Sol Invictus” o deus e protetor da guerra. Era representado pela figura do Sol e de mitra. Sua crença vinha do mitraismo, que adorava o Sol na figura do Sol Invictus. Isto mostra que a mudança do dia de descanso e adoração ao Senhor nada mais foi do que um sincretismo religioso, trazendo o paganismo para o seio do cristianismo. Não há na Bíblia qualquer mudança do dia de adoração a Yahweh, sendo esta mudança não só uma tradição com preceito humano, mas uma heresia trazida pelo mitraísmo ao cristianismo.
    Muitos cristãos primitivos não concordaram com este decreto imperial, porém os cristãos que formariam a Igreja Católica Apostólica Romana aceitaram tal decreto. O que vemos hoje é um preceito humano trazido pela Igreja Apóstata e com o aval dos cristãos protestantes. Lembrando que os Anabatistas não se encaixam no protestantismo, pois estes (o protestantismo) absorveram muitas praticas da Igreja Católica. Professamos o cristianismo que propunha uma total ruptura com o poder religioso vigente na época dos reformadores. Os anabatistas históricos ficaram conhecidos como “os radicais”.


CONCLUSÃO FINAL:
O “Dia do Senhor” continua sendo o Sábado, mas com o cristianismo este dia deixa de possuir um caráter legalista, sendo observado de uma forma espiritual e com extrema reverência a nosso Pai Yahweh. O sábado é o descanso do Senhor e entramos nesse descanso por intermédio de seu Filho Jesus Cristo - Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Pois aquele que entrou no descanso de Deus, esse também descansou de suas obras, assim como Deus das suas. Ora, à vista disso, procuremos diligentemente entrar naquele descanso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência. Hb 4: 10, 11





NOTA POSTERIOR

     Como ja era esperado, alguns cristãos sinceros ja tem me contatado acerca desse tema, pois sempre aprenderam que o Dia do Senhor havia sido mudado para o Domingo por causa da ressurreição de Cristo!

Segue a minha resposta a algumas das indagações:



Bom... 
    A razão de Jesus ter ressuscitado no Domingo não modifica o fato de Deus ter estabelecido o sábado como sendo o "Dia do Senhor". Jesus não modifica o dia da adoração ao Senhor, vemos isso nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos. Se Deus não mudou sua ordem (Sábado) e Jesus não modificou essa ordem( Sábado), logo, quem modificou essa data foram os homens e isso não passa de "preceito humano". Somos como soldados e quando recebemos ordens, somente nosso general (Deus ou Jesus) é quem pode modificar as ordens. A ordem foi: Sábado é o "Dia do Senhor", e essa ordem não foi modificada nem por Deus e nem por Jesus.

Jesus não modificou a lei do sábado, mas nos deu um novo entendimento a ela.

Os adventistas não estão com a razão pois dão ao sábado um caráter legalista ou seja, temos que cumprir a lei e não fazer nada neste dia ( cumprem ao pé da letra), ora, se trabalhamos e se aplicamos parte deste trabalho na obra de Deus, fica evidente que estaremos justificados por Yahweh neste dia. Os anabatistas guardam o sábado de uma forma espiritual ou seja entendem que o sábado é o dia do Senhor, mas se fazemos algum trabalho no sábado é para glorificar a Jesus que é o senhor do sábado. O sábado sai da letra da lei e passa para a lei que está escrita em nossos corações.



QUESTÕES SOBRE O SÁBADO

Recebemos uma questão sobre ser ou não ser o Sábado o dia do Senhor. Publicamos nossa resposta para que vocês possam tirar suas conclusões.

QUESTÃO ENVIADA POR UM IRMÃO                                                                   

    Achei muito interessante o assunto, e como sempre muito polêmico; que Jesus trouxe amor e graça (bem imerecido) a lei é fato, mas dizer que foi constantino o autor desta mudança não é verdade, pois os apostolos se reuniam no primeiro dia da semana, ver atos 20/07, Igreja apostólica, em 1 corintios 16 versos 1 e 2 é a igreja gentilica reunindo no domingo portanto começou na era apostólica, outra coisa Jesus nos ensinou que o verdadeiro adorador adora em espirito e em verdade não depende do monte lugar geográfico nem de sábados ou até domingos, onde estiverem agradando ou obedecendo a Deus! talvês devido ao fato do ato mais glorioso do nosso Senhor e Salvador ter ocorrido no primeiro dia da semana, quero deixar claro que constantino e sua religião apostata em nada pode manchar a Glória do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, eu entendo que o sabado segundo a graça pela fé e o dia em que estaremos para sempre com o Senhor! como disse os escritor aos hebreus, que as coisas da lei são sombras das que estavam ocultas em Deus reveladas em Cristo Jesus; a Ele toda Glória! pelos séculos dos séculos Amem!!! 

RESPOSTA ANABATISTA

Obrigado por sua participação em nosso blog. Realmente o assunto é polêmico, pois essa discussão já vem desde os tempos primitivos até os dias de hoje(e talvez siga pelo futuro adentro). Das questões levantadas por você Nós lhe responderemos primeiramente em partes e depois no todo. Vamos lá então:

A.   OS APÓSTOLOS E OS CRISTÃOS JÁ TINHAM O DOMINGO COMO SENDO O DIA DO SENHOR (textos citados At 20: 07/ I Co 16: 1,2).
Resposta: Na verdade os Apóstolos e os cristãos tinham o sábado como o dia do Senhor, pois esperaram acabar o sábado de descanso para que as mulheres fossem tratar do corpo de Jesus. Devemos notar que o cristianismo inicial seguia os moldes judaicos (mesmo depois da ascensão de Jesus). Pedro só entendeu que os gentios também poderiam fazer parte do Reino de Yahweh quando foi até a casa de Cornélio (At 10) e, até ter ido à casa de Cornélio ele já estava a um bom tempo pregando o Evangelho da Reconciliação.
O texto de Mt 28: 1.../ Mc 16: 2..../Lc 24: 1.../ Jo 20: 1..., ratificam a espera pelo termino do sábado para se realizar algum trabalho físico. Mesmo o texto de At 20: 7 mostra duas possibilidades:
 1- A reunião se deu por causa de uma viagem que Paulo iria fazer no outro dia;
 2) O partir o pão no primeiro dia da semana se devia por causa da impossibilidade de se realizar tal ato no Sábado devido a Lei de Yahweh.
Quanto a passagem de I Co 16: 1, 2Observamos que Paulo pede para que no primeiro dia da semana os cristãos juntassem tudo o que pudessem de ofertas, pois ele estava para chegar naquele dia. Novamente duas observações se fazem neste momento:
1) Os cristãos deveriam juntar as ofertas no primeiro dia da semana pois eles acreditavam que era proibido pela lei, fazer isso no sábado.
2) Paulo estava para chegar no primeiro dia da semana(ou nos próximos dias) pois era proibido aos judeus realizar viagens longas no Sábado do Senhor.

B.   CONSTANTINO E O DOMINGO - Do exposto até agora, fica claro que os cristãos primitivos tinham o sábado como o Dia do Senhor, mesmo se houvessem reuniões no Domingo. É fato histórico que o Imperador Constantino instituiu por decreto imperial (321 d.C) a mudança do Sábado para o Domingo como sendo o dia do Senhor. Inclusive o conteúdo da carta institucional sobreviveu através dos tempos, e diz o seguinte: 
    "Devem os magistrados e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas as oficinas ser fechadas no venerável dia do Sol(Domingo e não o Sábado{grifo nosso}). No campo, entretanto, as pessoas ocupadas na agricultura podem livre e licitamente continuar suas ocupações; porque acontece muitas vezes que nenhum outro dia se lhe assemelha para a semeadura de sementes ou para a plantação de vinhas; tememos que, pela negligência do momento apropriado para tais operações, as bênçãos celestiais sejam perdidas." (Promulgada aos 7 dias de março, sendo Crispo e Constantino cônsules pela segunda vez cada um). - Codex Justinianus, liv. 3, tit. 12 e 13; traduzido em PHILIP SCHAFF, D.D., History of the Christian Church (volume sete da edição, 1902), vol. III, pág.380.


                                             CONCLUSÃO:
         
A mudança ocorrida do Sábado para o Domingo vem de preceitos humanos e não divinos. Aquele que desmerece as Palavras de Yahweh e de Jesus (Mt 5: 17, 18 - Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.), mesmo argumentando que seja por pretexto de  humildade, não guardará os mandamentos de Jesus. O Sábado continua sendo o Dia do Senhor, e se nosso trabalho no Sábado não for para contribuir com o Reino dos Céus e o Amor ao Próximo, então estaremos transgredindo o mandamento de nosso Senhor e de nosso Pai. O verdadeiro adorador adora o Pai em espírito e em verdade e guarda seus mandamentos. Jesus mesmo nos ensinou: Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade; mas qualquer que guarda a sua palavra, nele realmente se tem aperfeiçoado o amor de Deus. E nisto sabemos que estamos nele. I Jo 2: 4, 5.
Como posso amar a Yahweh se não guardo os seus mandamentos? Se eu transgredir qualquer mandamento de Yahweh estarei transgredindo a essência e a razão deles existirem: “ O amor a Yahweh e ao próximo”. Jesus não aboliu os mandamentos de Yahweh, ao contrário, além dos mandamentos de Yahweh, Jesus incluiu um outro: Amar ao próximo como a si mesmo. Com isso, a Lei muda da forma legalista para a forma amorosa e respeitosa para com todos (amigos ou inimigos)!

Que o Deus Pai; O Deus Filho e o Espírito Santo o abençoe!





quarta-feira, 14 de março de 2012

ANABATISMO, E OS PENTECOSTAIS

















Comunidades religiosas
(que surgiram dos Anabatistas)

   As doutrinas cristãs seguidas e pregadas pelos cristãos anabatistas vieram a influenciar o mundo. Hoje, essas práticas doutrinárias vem sendo cada vez mais ratificadas na vida cristã em geral. A arqueologia e História vem encontrando traços anabatistas desde o período da Igreja Primitiva.
   A posição anabatista contra a união entre Igreja e Estado, vem sendo comprovada como bíblica e seguida por vários países. Este é o caso dos Estados Unidos que  a colocou na sua constituição como “Primeira Emenda”.
  Algumas comunidades religiosas seguiram e adotaram em suas teologias no todo, ou em parte, os princípios vividos pelos cristãos anabatistas.
  Se você participar de um batismo onde somente pessoas adultas podem ser batizadas, você estará presenciando primeiramente um batismo bíblico ordenado por Jesus e seguido pelos irmãos anabatistas (Mt 28: 18...20 - Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos).

   Como todos os reformadores e a própria Igreja Católica ensinavam o “batismo infantil” (pedobatismo), não demorou para se unirem numa carnificina sem precedentes contra os anabatistas, maior inclusive do que o Holocausto Nazista, praticado por Adolf Hitler.

   Quanto as comunidades que seguem os preceitos anabatistas, não significando que são anabatistas históricos ou detêm toda a norma de vida do anabatismo, porém, se diferenciam dos reformadores, ou do catolicismo, justamente por causa da teologia anabatista.
Essas comunidades são:

MenonitasGrupo religioso que descende diretamente do movimento anabatista. Seu fundador foi Menno Simons (1495- 1561). No ano de 1526, ordenou-se que cada subdivisão política do Império Alemão deveria adotar a religião do governante. Se o líder fosse um católico, assim deviam ser seus súditos. Se o governante era luterano, seus súditos tinham que praticar a religião luterana, que conflitava diretamente com a concepção dos anabatistas, que acreditavam em uma comunidade de crentes que escolhem livremente a sua fé sem a interferência da autoridade civil em matéria de fé. Em 1529, embora os principais defensores da Reforma divulgassem no seu famoso protesto (daí o nome “protestante”) rejeitar qualquer coisa “contraria a Deus ou a sua Santa Palavra”, no fundo eles acabavam concordando com a perseguição católica contra os anabatistas. Assim, foi promulgada a lei imperial de 23 de Abril de 1529 ordenando “tirar a vida de todo rebatizado ou rebatizador, homem ou mulher, adulto ou criança, e executar de acordo com a natureza do caso e da pessoa, por fogo, por espada ou por outros meios sempre que um homem seja encontrado”. Inicia-se assim a “Terrível perseguição Protestante na Europa”. O principal ponto de discórdia entre os menonitas e seus perseguidores residia no “pedobatismo” ou “batismo infantil”. Os menonitas acreditavam que a igreja deve ser formada a partir de membros batizados voluntariamente. Isso não era tolerado pela maioria dos Estados, nem pela igreja católica e tão pouco pela igreja protestante oficial da época. Durante o século XVI os menonitas e outros anabatistas foram duramente perseguidos, torturados e martirizados. Por isso muitos deles emigraram para os Estados Unidos, onde ainda hoje vivem a maior parte dos menonitas. Eles estão entre os primeiros imigrantes alemães a imigrarem para os Estados Unidos.
     Outros se isolaram em colônias e povoamentos fechados dentro de Estados onde eram tolerados. Em 1788, a convite de Catarina, a Grande, imperatriz da Rússia, agricultores menonitas da Prússia (atualmente Alemanha e Polônia) emigraram para Chortitza( em 1789) e Molotschna (em 1804) no sul da Rússia (atualmente Ucrânia). Com o passar do tempo, por escassez de terra e outros motivos, surgiram muitas outras colonizações menonitas que lutaram pelo seu bem-estar espiritual, cultural e material em diversas regiões da Rússia Européia e asiática.
     Através de intensa migração e também de evangelismo os menonitas se espalharam por todos os continentes do globo, sendo que a maior comunidade menonita se encontra atualmente na África.




AmishNo Ano de 1693, o suíço Jocob Amman rompe com a religião menonita, acreditando que ela se desviara dos princípios anabatistas de Menno Simons. No século 18, Jocob e seus discípulos saem da Europa, para fugirem das perseguições religiosas, e se instalam em assentamentos rurais nos EUA.  Surge o movimento Amish. Inicialmente, este grupo não era isolado da sociedade, mas com a guerra americana, e por causa do pacifismo, os amish não aceitaram participar do exército e logo depois, foram perseguidos, martirizados e mortos pelo exército francês nos EUA (séc. 17). A partir daí, os Amish se isolam do resto do mundo. 

     Grupo religioso de vida extremamente simples. Não fazem uso das modernas tecnologias, tais como: Automóveis, televisão, telefones, jornais, revistas.

·       As cerimônias religiosas são realizadas nos domingos, a cada 15 dias, nas casas do distrito. Os bancos de madeira para a reunião são levados por uma carroça especialmente construída para esse fim. Está prática se deve a grande perseguição que os cristãos sofreram durante a história;
·       As escolas são apenas para crianças, pois lhes é ensinado apenas o básico para os afazeres adultos. É proibido a um Amish frequentar o ensino superior;
·       Energia elétrica: É feita apenas para ordenhar vacas. Nas casas a iluminação é feita por lampiões. É autorizado o uso de geradores para os trabalhos nas marcenarias;
·       As casas são construídas pelos membros da comunidade;
·       Juventude: Quando um jovem completa 16 anos, são iniciados num rito chamado RUMSPRINGA, que lhes garante a liberdade de poderem sair de casa, experimentar bebidas, festas. Depois eles têm a oportunidade de escolherem ficar ou sair da religião Amish. Cerca de 87% voltam e são batizados.
·       Os Amish da velha ordem são os mais rigorosos na questão tradicional e religiosa;

Pentecostalismo EM GERAL
     As igrejas que formam o que conhecemos como “Pentecostalismo” surgiram nos EUA e se espalharam por todo o mundo. Sua teologia baseia-se na “Atuação do Espírito Santo” nos dias de hoje, bem como a continuidade de todos os dons espirituais, principalmente o “Dom de Línguas” e o “Dom de Profecia”.  Para os reformadores João Calvino e Martinho Lutero, os dons cessaram (Cessionistas).  Estes reformadores não mediram esforços e crueldade para combaterem aqueles que acreditavam na atuação do Espírito Santo como revelador e profetizador. Na questão do batismo infantil, estes reformadores, bem como, Zuingle e o catolicismo, praticavam e perseguiram todos os que não compartilhavam de suas ideias.
    Os anabatistas foram brutalmente perseguidos pelos religiosos protestantes e católicos por causa de suas crenças. Mas suas crenças não partiam de preceitos humanos, mas sim, divinos. 
   Logo, não foram calados e vieram a influenciar a Teologia Pentecostal. Toda igreja que batiza pessoas moralmente aptas ao batismo (batismo de adultos); que acredita na atuação do Espírito Santo, ensinando e profetizando, e no pacifismo, adotaram a “Teologia Anabatista” e não a “Teologia Reformada” ou a “Teologia Católica”.